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Hoje acordei meditando nos vazios
da vida como sendo algo ruim. Os vazios que nos acompanham e que nos fazem
tanto mal.
Na verdade, ninguém quer viver ou enfrentar
os vazios porque eles remetem a ausências.
Enfrentar ausências de coisas tão essenciais para cada um de nós. Ausências às quais julgamos ser impossível viver porque isso que nos deixa um vazio por não mais estar lá hoje, nos encheram o coração, nos fizeram plenos em algum momento da vida.
Mas será que todo vazio é motivo de
desesperança? É motivo de terror ou de fim?
Enquanto muitos vazios são sinônimo
de morte, outros vazios são sinônimos de vida.
Enquanto uns são de que terminou,
outros são de que está apenas começando. Os vazios de nossa vida são necessários
porque fazem parte de nossa existência, mas precisamos aprender com eles e
tirar o máximo de cada um para nosso próprio bem.
Pensemos no vazio do nascimento. A
mãe que não mais carrega o seu bebê, mas que agora se abre para novas
possibilidades com esse outro nível que se apresenta. Uma ausência em si mesmo
o vazio que se enche de novas experiências, um novo relacionamento de mãe e filho.
O vazio que culmina para plenitude de uma vida.
A tristeza do vazio de um sonho
destruído e não realizado, mas que em sua não realização vai em direção de
outras possibilidades, antes ausentes, mas agora totalmente plena de sentido.
A tumba está vazia! Esse sim foi o
vazio que transformou todo o vazio da humanidade.
O vazio que nos dá plena esperança
para continuar sabendo que nada é sem sentido e que todo o sentido se encontra
naquela tumba vazia. Um vazio que nos enche, que nos dá alegria, paz.
Um vazio que nos abraça e protege.
Que nos faz sentir seguros tendo a certeza de que todo vazio que precisamos
enfrentar em nossas vidas não será para sempre, mas cessará com a promessa de
que todos que reconhecem a tumba vazia como meio de encher os nossos vazios jamais
derramará uma lágrima outra vez.
O vazio é ponto de vista. Qual é o
seu?
Sandra Cavalheiro
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